Atletas de Belize, Nauru, Somália e Liechtenstein fazem história com suas participações solitárias nas Olimpíadas de Paris

Enquanto a maioria dos países trouxe grandes equipes para as Olimpíadas de Paris, quatro nações estão representadas por apenas um atleta cada. Belize, Nauru, Somália e Liechtenstein são os países que, apesar de suas pequenas delegações, decidiram deixar sua marca nos Jogos Olímpicos deste ano.
Shaun Gill de Belize: Querido pelo Brasil
Shaun Gill é o único representante de Belize em Paris. O velocista de 31 anos competirá nos 100 metros masculinos. Apesar de estar sozinho na delegação, Gill recebeu um grande apoio dos brasileiros. Nas redes sociais, ele tem sido inundado com mensagens de incentivo e bandeiras brasileiras, com muitos usuários desejando “sorte” e motivando sua participação nos comentários como: “vai que é tua!”.
Shaun também usou suas redes para agradecer aos brasileiros, retribuindo o carinho que tem recebido. O número de seguidores dele no Instagram não para de crescer e já está chegando a 25.900 até o momento.
“Muito amor e obrigada a todos do Brazil”, escreveu em uma postagem recente.
Romano Püntener: O ciclismo de Liechtenstein
Romano Püntener, de Liechtenstein, também está sozinho para representar seu país em Paris e compete na categoria de ciclismo de montanha. O jovem atleta de 20 anos fez sua estreia olímpica após um bom desempenho em 2023, onde conquistou o 23º lugar no Campeonato Europeu Sub-23 e várias competições nacionais. Püntener competiu na mesma categoria que o brasileiro Ulan Bastos Galinski na segunda-feira (29) e ficou em 28º lugar, atrás de Ulan, que terminou em 21º.
Ali Idow Hassan e Winzar Kakiouea: Atletismo e competições
A Somália, representada por Ali Idow Hassan, também conta com apenas um atleta. Hassan competirá nos 800 metros rasos e já esteve nas Olimpíadas de Tóquio. Em 2023, ele conquistou a medalha de bronze no Campeonato Árabe de Atletismo nos 1500 metros rasos. Sua estreia em Paris será na quarta-feira (7).
Por outro lado, Nauru será representado por Winzar Kakiouea, que compete na mesma prova que Shaun Gill. Com apenas dois atletas competindo nas Olimpíadas, o atleta de Nauru, um dos menores países do mundo, iniciará sua participação no sábado (2), quando acontecem as preliminares dos 100 metros rasos masculinos.
A importância das vagas de universalidade
Além dessas quatro delegações, existem outras com dois ou três atletas. Países como Andorra, Ilhas Cook, Mauritânia e Tuvalu têm duas representações, enquanto Brunei, Camboja, Lesoto e outros têm três.
A participação de delegações pequenas é possível graças às vagas de universalidade, uma cota destinada a países que enviaram menos de oito atletas nas Olimpíadas anteriores, permitindo que eles estejam presentes no evento esportivo global. Em 2024, 93 países podiam usar essas vagas, sendo a maioria do continente africano, com 35 países elegíveis.