Filhos do ídolo argentino conseguem autorização judicial para transferir corpo do ex-jogador, após decisão favorável.
A Justiça argentina autorizou a transferência do corpo de Diego Maradona para um mausoléu especial em Buenos Aires, quase quatro anos após sua morte. O pedido, feito pelas filhas do craque, havia sido recusado anteriormente, mas agora foi aceito pelo tribunal, marcando mais um capítulo importante na longa história de homenagens ao eterno camisa 10.
Maradona, que faleceu em novembro de 2020 aos 60 anos, atualmente está enterrado no cemitério Jardín de Bella Vista, na periferia de Buenos Aires. A mudança de local é simbólica e visa atender ao desejo de seus filhos de criar um espaço mais acessível ao público, onde fãs de todo o mundo possam prestar suas homenagens. O novo destino será o “M10 Memorial”, um mausoléu dedicado exclusivamente a ele na capital argentina.
Um memorial para honrar o legado do ídolo
O Memorial del Diez, como será conhecido o novo espaço, já havia sido anunciado pela família de Maradona em 2023, mas dependia da autorização judicial para a exumação e a transferência dos restos mortais. Agora, com a permissão obtida, os filhos do jogador poderão dar início à construção do local, que será aberto ao público e servirá como um ponto de encontro para admiradores do futebol e da história do ex-jogador.
O objetivo do mausoléu não é apenas preservar a memória de Maradona, mas também cumprir o desejo que ele expressou em vida: ser homenageado de forma grandiosa por seu povo. O local será um espaço de reflexão, onde os visitantes poderão conhecer mais sobre a vida e a carreira do astro argentino.
A construção do memorial é uma forma de imortalizar Maradona em um local central e acessível, algo que muitos fãs vinham pedindo desde seu falecimento. Além disso, a mudança de local para um mausoléu público reflete a importância que ele teve não só para o futebol, mas também para a cultura popular mundial.
Investigação sobre a morte de Maradona segue em andamento
Mesmo com a criação do memorial, a morte de Maradona ainda é alvo de investigações. Oito profissionais de saúde estão sendo processados por homicídio simples com dolo eventual, acusados de negligência no cuidado do ex-jogador. Um relatório divulgado em 2021, elaborado pelo Departamento de Justiça da Argentina, apontou que Maradona morreu “abandonado” por sua equipe médica.
Na última quarta-feira, uma das enfermeiras que fazia parte da equipe foi levada a julgamento, e os demais réus deverão enfrentar o júri popular em março de 2025. Os advogados de três dos acusados haviam inicialmente se posicionado contra a exumação, temendo que a mudança do corpo pudesse comprometer possíveis novas perícias. No entanto, com a data do julgamento definida, o tribunal decidiu acatar o pedido da família.
A autópsia realizada em 2020 concluiu que Maradona morreu devido a um “edema pulmonar agudo secundário à insuficiência cardíaca crônica agudizada”, fato que trouxe à tona questionamentos sobre o cuidado prestado a ele nos dias que antecederam seu falecimento. A defesa dos profissionais de saúde alega que eles agiram de acordo com o que era necessário, mas o relatório apontou falhas graves no acompanhamento médico, o que levou ao processo judicial.
Uma nova etapa nas homenagens
Com a transferência do corpo de Maradona, um novo capítulo começa para a memória do jogador. Além de ser lembrado por suas conquistas em campo, como o título mundial de 1986 com a seleção argentina e sua brilhante passagem por clubes como Napoli e Boca Juniors, o mausoléu será uma lembrança permanente de sua conexão com o povo argentino e com todos que acompanham o futebol.
O processo de criação do M10 Memorial deve avançar nos próximos meses, e a expectativa é de que se torne um ponto de peregrinação para os fãs de Maradona ao redor do mundo, permitindo que eles continuem homenageando o craque de uma maneira mais acessível e digna.
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