Tenista italiano foi inocentado em primeira instância, mas Agência Mundial Antidoping recorre e busca punição mais severa.

A Agência Mundial Antidoping (Wada) surpreendeu o mundo do tênis ao entrar com um recurso no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS/CAS) contra a decisão que absolveu Jannik Sinner de uma acusação de doping.
O italiano, atual número 1 do ranking mundial, testou positivo para a substância clostebol durante o torneio de Indian Wells, em março deste ano. Apesar de perder os pontos e a premiação conquistados na competição, Sinner havia sido considerado inocente pela Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA) e escapou de uma suspensão.
Sinner pode enfrentar suspensão pesada
Agora, a Wada quer reverter essa decisão e busca uma suspensão de até dois anos para o atleta. A agência alega que a conclusão de “não haver culpa ou negligência” por parte de Sinner não foi correta, conforme as regras antidoping. O
organismo não pretende desqualificar mais resultados do tenista, uma vez que a perda dos pontos e prêmios já foi imposta anteriormente. No entanto, uma possível suspensão pode comprometer seriamente a carreira do jovem de 23 anos, que recentemente conquistou o US Open.
Segundo o comunicado divulgado pela Wada, a entidade acredita que a decisão da ITIA foi inadequada e, por isso, busca a revisão no Tribunal Arbitral do Esporte. Caso a corte aceite o recurso, Sinner pode ficar afastado das competições por um longo período, o que seria um duro golpe para o jogador e seus fãs.
Defesa do tenista e contexto do caso
A defesa de Sinner argumenta que a contaminação foi acidental. Segundo o tenista, seu fisioterapeuta, Giacomo Naldi, utilizou uma pomada que continha clostebol para tratar um ferimento na própria pele, sem saber que a substância estava presente na fórmula. Durante as investigações, a ITIA e um tribunal independente consideraram a explicação plausível e, em 15 de agosto, decidiram pela não suspensão do atleta.
O anúncio do recurso ocorreu enquanto Sinner disputava uma partida pelas oitavas de final do ATP 500 de Pequim, onde enfrentava o russo Roman Safiullin. Após a vitória, o italiano comentou sobre a situação com um misto de surpresa e decepção.
“Fiquei muito surpreso e decepcionado. Passamos por três audiências e todas foram muito positivas para mim. Eu sabia que eles iriam recorrer, mas não esperava que fosse oficializado hoje”, afirmou Sinner.

Futuro incerto para Sinner
O caso levanta questões importantes sobre o uso de substâncias proibidas e a responsabilidade dos profissionais que cercam os atletas. Se o recurso for aceito e Sinner for suspenso, ele pode perder não apenas a chance de competir em grandes torneios nos próximos anos, mas também parte do prestígio e confiança construídos ao longo de sua carreira.
Enquanto aguarda a decisão do TAS, Sinner continua a competir, mas o clima de incerteza certamente afetará sua preparação para os próximos desafios. O desfecho desse caso será de suma importância não apenas para o futuro do italiano, mas também para a imagem do esporte, que tem enfrentado desafios crescentes no combate ao doping.
O episódio também serve como alerta para outros atletas e suas equipes, reforçando a necessidade de cautela extrema com qualquer substância que possa ser usada em tratamentos médicos ou de recuperação. Mesmo sem intenção, a presença de um agente contaminante pode acarretar consequências graves e duradouras para uma carreira esportiva.
A Sinner aguarda decisão do Tribunal Arbitral do Esporte, que ainda não tem data para ser anunciada. Até lá, o tenista seguirá competindo, mas com uma sombra pairando sobre suas conquistas recentes e o futuro de sua promissora carreira no tênis profissional.
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