Robin Zeng, da CATL, questiona a viabilidade da bateria 4680 e aponta lacunas no entendimento de Musk sobre a tecnologia.
A visão futurista de Elon Musk sempre atraiu atenção global, mas nem todos compartilham do mesmo entusiasmo por seus projetos. Robin Zeng, fundador da CATL, líder mundial em baterias, trouxe à tona sérias dúvidas sobre a tecnologia 4680, usada no aguardado Cybertruck da Tesla. Em uma entrevista recente, Zeng sugeriu que Musk subestima os desafios técnicos, o que pode comprometer o sucesso do veículo elétrico.
Zeng, que recebeu Musk na fábrica da CATL em Pequim, observou que o bilionário é brilhante em software e mecânica, mas possui conhecimento limitado sobre baterias eletroquímicas. Segundo ele, a abordagem de Musk em prometer prazos agressivos pode gerar expectativas irreais e frustrar tanto parceiros quanto consumidores.
A polêmica da bateria 4680
Desenvolvida para reduzir custos e ampliar a produção de veículos, a bateria 4680 tem sido anunciada como uma revolução no mercado. Porém, Zeng acredita que o modelo não entregará o desempenho esperado. Relatórios recentes apontam que sua produção aumentou entre junho e setembro, mas isso não elimina os desafios técnicos relatados.
Para Zeng, o Cybertruck corre o risco de ser impactado por essas limitações, uma vez que a confiabilidade e eficiência da bateria são essenciais para o sucesso do veículo. Apesar disso, a Tesla segue como uma das principais clientes da CATL, indicando que a colaboração entre as empresas continua.
O desafio da autonomia
Enquanto Musk mira na produção em massa, Zeng enfatiza outra prioridade: aumentar a durabilidade das baterias.
Ele destacou que muitos consumidores ainda enfrentam insatisfações com a autonomia de dispositivos elétricos, como celulares e laptops. Essa preocupação, segundo ele, deveria ser um foco constante da indústria.