A pirâmide da renda no Brasil: Entenda o que significa ser rico no Brasil hoje

A pirâmide da renda brasileira revela disparidades que muitos não enxergam. Saiba mais detalhes da distribuição de renda no país

A pirâmide da renda brasileira revela disparidades que muitos não enxergam. Saiba mais detalhes da distribuição de renda no país

Se você tivesse que se situar na pirâmide de renda brasileira, onde se colocaria? Essa pergunta pode parecer simples, mas a resposta não é tão óbvia. Muita gente acha que ter uma casa própria com piscina em um condomínio bacana basta para ser considerado rico o Brasil. Mas o que será mesmo que é preciso para estar entre os mais ricos?

Segundo os dados estatísticos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE, a renda média do 1% mais rico no Brasil é de R$ 28.659 por mês. Isso representa a renda bruta de alguém que ganha mais do que 99% da população adulta do país.

Para estar entre os 5% mais ricos, a renda média mensal é de R$ 10.313, e entre os 10% mais ricos, é R$ 5.429. Esses dados são de 2019, antes do aumento da pobreza causado pela crise recente.

A base da pirâmide e sua homogeneidade

Na base da pirâmide, a realidade é outra. Cerca de 80% dos brasileiros têm renda inferior a R$ 3,4 mil mensais, enquanto 60% ganham até dois salários mínimos (R$ 1.871). Esse grande grupo é relativamente homogêneo em termos de renda, o que contrasta com a diversidade presente no topo da pirâmide.

É essa heterogeneidade que faz muitas pessoas acreditarem que não estão entre os mais ricos. Afinal, o grupo dos 1% mais ricos inclui desde profissionais liberais como advogados e engenheiros, até promotores, empresários e artistas. Todos estão no mesmo patamar, apesar das diferenças na percepção do que significa ser rico.

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Percepção e realidade: o descolamento comum

Essa discrepância entre percepção e realidade não é um fenômeno exclusivamente brasileiro. Em diversos países, as pessoas tendem a se enxergar no meio da pirâmide, mesmo quando seus rendimentos as colocam no topo.

A economista Asli Cansunar, especialista no tema, explica que essa percepção está frequentemente associada a símbolos de status, como carros de luxo ou mansões, que muitos acreditam serem necessários para estar no topo.

Mas, como mostram os números, para estar entre os mais ricos no Brasil, não é preciso tanto. Entender essa distribuição é crucial para o desenvolvimento de políticas públicas que melhorem o bem-estar de quem tem menos. Afinal, identificar quem possui mais recursos é essencial para pensar em formas de reduzir as desigualdades sociais.

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