As cobras mais venenosas do Brasil: onde estão e como evitar

Saiba quais são as cobras mais perigosas do Brasil, entenda seus hábitos e aprenda como prevenir acidentes com serpentes.

Conheça as cobras mais perigosas do Brasil, como jararacas e corais-verdadeiras, e saiba como evitar acidentes ofídicos.

O Brasil abriga algumas das cobras mais perigosas do mundo, distribuídas por diversos habitats e regiões. Essas serpentes são responsáveis por milhares de acidentes todos os anos, o que torna fundamental conhecê-las melhor para evitar riscos.

Entre as principais espécies estão as jararacas, cascavéis, surucucus e corais-verdadeiras. Cada uma apresenta características únicas, desde o comportamento até o tipo de veneno que produzem.

Jararacas: as campeãs de acidentes

Jararaca

As jararacas lideram disparadamente o número de acidentes ofídicos no Brasil, com cerca de 90% dos casos registrados. Isso ocorre devido à ampla distribuição dessas cobras pelo território nacional e à sua presença em áreas urbanas e rurais.

Seu veneno é proteolítico, causando hemorragias e necrose nos tecidos atingidos. Conforme explica o herpetólogo Willianilson Pessoa em entrevista ao portal de notícia G1:

“Elas não atacam, elas se defendem. Se alguém se aproxima muito ou toca no animal, ele reage com um bote”.

Essa combinação de comportamento defensivo e alta frequência nos habitats humanos faz das jararacas uma das cobras mais conhecidas – e temidas – do Brasil.

Cascavéis: veneno neurotóxico e presença no interior

Cascavel

As cascavéis ocupam o segundo lugar em número de acidentes no país, embora sejam responsáveis por apenas 1% dos casos. Isso se deve ao fato de habitarem áreas mais secas, geralmente distantes das cidades grandes.

O veneno das cascavéis tem ação neurotóxica, podendo causar danos severos ao sistema nervoso, insuficiência renal e, em casos graves, levar à morte. Apesar disso, seu comportamento discreto contribui para que encontros sejam menos frequentes.

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Surucucu: a gigante discreta das florestas

Surucucu

A surucucu-pico-de-jaca é a maior cobra peçonhenta das Américas e uma das maiores víboras do mundo. Sua presença se concentra em florestas densas da Amazônia e da Mata Atlântica, sendo rara em ambientes urbanizados.

Essa serpente é facilmente reconhecida pelo corpo robusto e pela textura de suas escamas, que lembram a casca de uma jaca. O veneno da surucucu tem ação hemorrágica, causando necrose e insuficiência renal em vítimas picadas.

Apesar de sua baixa frequência em acidentes, a surucucu pode ser letal devido à grande quantidade de veneno injetado, proporcional ao seu tamanho. Por isso, é sempre importante evitar áreas de floresta densa sem a devida proteção.

Coral-verdadeira: pequena, mas extremamente perigosa

Coral-verdadeira

A coral-verdadeira é outra serpente que inspira respeito, mas por um motivo diferente: a potência de seu veneno. Considerado o mais potente entre as cobras brasileiras, o veneno da coral-verdadeira tem ação neurotóxica, interrompendo os sinais nervosos e podendo levar à morte em casos graves.

O grande desafio em acidentes com corais-verdadeiras é a dificuldade de tratamento, já que o seu veneno só é neutralizado com um tipo específico de soro. Isso torna ainda mais importante evitar o contato direto com essas cobras.

Embora seu veneno seja extremamente perigoso, a coral-verdadeira tem um comportamento não agressivo, preferindo fugir ao ser confrontada. Essa característica reduz significativamente o número de acidentes, que representam apenas 0,1% do total de casos no Brasil.

Prevenção e primeiros socorros em acidentes ofídicos

Mesmo com tantas espécies peçonhentas, evitar acidentes é possível com medidas simples:

  • Mantenha distância ao avistar uma cobra.
  • Não tente manipular ou capturar o animal.
  • Use calçados fechados e roupas apropriadas ao caminhar em áreas de mata.
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Caso um acidente aconteça, a recomendação é clara: vá ao hospital o mais rápido possível. Evite torniquetes, sugar o veneno ou usar remédios caseiros, pois essas práticas podem agravar a situação.

Em situações de emergência, tirar uma foto da cobra pode ajudar na identificação para o tratamento correto, mas jamais tente capturá-la.

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